BANCA DOS JORNAIS

Espaço onde serão introduzidas notícias relacionadas com o Glorioso!

PALHAÇO-MOR

87'

Na sequência de um livre apontado na esquerda do ataque do Benfica existiu falta de Cadu sobre Nuno Gomes dentro da grande área do Leiria?

JORGE COROADO

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Nuno Gomes desmarcou-se rapidamente no ataque e leva a melhor sobre o adversário. O toque de braços é inevitável. Nuno Gomes deu dois passos em frente e deixou-se cair. Se fosse cumpridor, o árbitro devia ter exibido o cartão amarelo ao ponta-de- lança benfiquista.

Palhaço???????? mas qual palhaço????????? palhaços são os tipos da Adidas, fazem camisolas que simulam puxões, venha mas é a Nike, tou farto da Adidas.............

ednilson escreveu:

Palhaço???????? mas qual palhaço????????? palhaços são os tipos da Adidas, fazem camisolas que simulam puxões, venha mas é a Nike, tou farto da Adidas.............

Strata escreveu:

não sejas mentiroso que ainda vai haver mais!

Com toda a certeza...

CAMACHO APOSTOU NOS DOIS AVANÇADOS, CARDOZO ABRIU ESPAÇOS, GANHOU BOLAS E NUNO GOMES VOLTOU AOS GOLOS — O ESPANHOL RENDEU-SE àS EVIDÊNCIAS E O BENFICA SOFREU MAS VOLTOU ÀS VITÓRIAS EM LEIRIA
Antes tarde que nunca, ou o mérito de não ser teimoso
Crónica de HUGO VASCONCELOS

CAMACHO rendeu-se às evidências (ou à pressão popular?) e o Benfica voltou às vitórias, depois de cinco jogos sem ganhar.

E conseguiu-o com dois golos de Nuno Gomes, à ponta-de-lança, mas que facilmente se ligam à presença de Cardozo a seu lado — o capitão do Benfica tem evitado comentar o facto de se jogar com um ou dois avançados, mas a sua preferência é histórica; Nuno Gomes considera que rende mais jogando com alguém a seu lado. Os números comprovam-no, as exibições deixam-no evidente, e finalmente parece que Camacho percebeu.

Táctica conhecida

É verdade que Cardozo não marcou, apenas fez um remate (de cabeça, para fora), mas foi fundamental para que Nuno Gomes conseguisse bisar.

Os dois golos encarnados, aliás, são sintomáticos. No primeiro, Cardozo participa na jogada, recuando e arrastando um central; Nuno Gomes acaba por ficar só (Patrick chega atrasado) para finalizar. No segundo golo, o 21 do Benfica volta a surgir sozinho na área, porque Cardozo, um pouco mais à frente, tem um defesa consigo que coloca Nuno em jogo.

O mais curioso em tudo isto é que, para permitir a coexistência dos dois avançados, Camacho adoptou um esquema muito parecido ao que Fernando Santos utilizava — um 4x1x3x2 com Katsouranis no lado direito do meio-campo, solução tantas vezes utilizada pelo agora treinador do PAOK, e com Rodriguez (contratado depois da saída do engenheiro) sobre a esquerda, mas mais livre para procurar outras zonas que o habitual. Mérito de Camacho por perceber que o que estava para trás poderia resultar, ou a prova de que não ser teimoso pode ser uma grande vantagem.

Problemas na defesa

Nem tudo vai bem, no entanto, no reino encarnado. O Benfica não começou a jogar bem da noite para o dia — continua a sentir dificuldades na circulação de bola e recorre muitas vezes a Cardozo como pivot do ataque, para que o paraguaio, de cabeça, sirva os companheiros e permita ganhar alguns metros.

Ontem essa solução de recurso acabou por resultar melhor, porque mais facilmente Cardozo encontrava alguém a quem entregar — coisas de ter Nuno Gomes a seu lado...

Mas há um problema mais grave — na defesa. O Benfica voltou a sofrer golos na Liga, o que ainda não acontecera com Camacho, mas, admita-se, se estivera cinco jogos sem ser batido foi mais por mérito de Quim e azar dos adversários que por andar particularmente acertado.

Ontem, apesar do aviso logo aos 35 segundos, o Benfica voltou a falhar. O meio-campo não acompanha as penetrações dos médios contrários, Katsouranis, Rodriguez e Rui Costa ficam a ver jogar, Binya é rápido mas ainda um pouco ingénuo e de qualquer forma não chega para tudo, à primeira Quim ainda defendeu o remate de Cadu, mas aos dois minutos o U. Leiria adiantava-se no marcador.

E alguma sorte

Valeu aos encarnados o golo de Nuno Gomes, menos de um quarto de hora depois, para serenar. Mas se o ataque conseguiu criar oportunidades suficientes para cedo virar o jogo, também os leirienses foram construindo perigo; um minuto antes de Nuno Gomes fazer o 2-1 João Paulo quase marcou.

As graves deficiências do Benfica a defender estendem-se também ao ataque. Com um meio-campo que não pressiona, são raras as recuperações em posição avançada ou as segundas bolas ganhas. Assim, os encarnados são sempre obrigados a começar os ataques bem de trás, com a defesa adversária já colocada. Ontem resultou, mas para atacar melhor este Benfica tem sobretudo de começar a defender melhor...

João Ferreira (2) — Arbitragem desastrada: dois penalties por marcar (Luisão sobre João Paulo e Maciel sobre Nuno Gomes), mais dúvida num terceiro lance na área leiriense; inúmeras faltas por assinalar, especialmente sobre Cardozo, algumas em zona perigosa; foras-de-jogo mal tirados; canto transformado em pontapé de baliza; cartão a Hugo Costa que ficou no bolso; e para acabar em beleza um livre inventado mesmo no final, ao jeito de Laranjeiro, que acertou na barreira. Uma miséria!

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importante o papel de «poste» de Cardozo para reviravolta difícil no marcador
Nuno Gomes foi matador e Rodriguez andou perto
Por carlos rias

COM Nuno Gomes e Cardozo na frente de ataque, mesmo com uma entrada no jogo a perder, o Benfica procurou desde cedo dar a volta ao texto e conseguiu-o, numa noite em que o capitão voltou a encontrar-se com a exibição e os golos.

Quim

Um golo logo a abrir e sem nada poder fazer para o evitar. No mais, esteve sempre ao seu melhor nível, dizendo presente até ao cair do pano, até ao defender um cabeceamento de João Paulo no último minuto.

Maxi Pereira

Teve Maciel no seu flanco e mesmo assim apareceu no apoio ao ataque, em especial no segundo tempo. Discernido, simples e intuitivo. Dois excelentes cruzamentos (60 e 67), o primeiro para cabeceamento de Cardozo e o segundo para Katsouranis falhar o golo por pouco. O Benfica pode ter ganho um lateral.

Luisão

Mal batido no golo, depois, a mostrar que ainda não está no seu melhor, com hesitações a mais e sem conseguir sair a jogar. Subiu na segunda metade, em particular no jogo aéreo e, aí, voltou a um nível mais adequado à sua categoria.

Edcarlos

Não está isento no golo sofrido. Obrigado a muita atenção ao flanco esquerdo, já que Léo quase nunca deu para as encomendas, conseguiu impor-se com categoria e resolver situações menos fáceis. A sua exibição não conheceu desníveis e a bitola foi francamente positiva. Alguns furos acima do parceiro.

Léo

Não foi fácil anular Sougou, que lhe deu água pela barba. Nunca encontrou o momento do desarme e perdeu-se no seu espaço defensivo. Quando Camacho o retirou, respirou de alívio, o que não é habitual no Léo que conhecemos.

Binya

Sempre à frente da defesa, como pronto-socorro. Bateu-se bem, tentou até avançar em apoio nas jogadas organizadas de ataque. Não consegue esconder alguma ingenuidade, mas não tem medo de pôr o pé ou o corpo e de fazer falta quando não tem outra alternativa. Uma iniciativa individual (69 m) levou-o, em dribles sucessivos, à área do União, mas perdeu a oportunidade de brilhar.

Katsouranis

Teve tanto de bom como de medíocre. A jogar sobre o lado direito, foi lento quando devia ter sido rápido, como no lance que originou o primeiro golo, onde não surgiu a marcar a meio- -campo. Cresceu após o intervalo, dos seus pés saíram perigosos cruzamentos (entre eles o do segundo golo) e, aí, foi importante no crescendo do Benfica.

Rui Costa

Caiu muito para a esquerda em apoio a Rodriguez, tentou pegar no jogo, fez passes milimétricos e, sem ser o grande Rui Costa de outros jogos, ainda teve nos pés bela oportunidade de marcar (72 m), quando, sozinho na área, após ressalto de bola e sem marcação, rematou de primeira, ao lado. Saiu esgotado (73 m).

Rodriguez

Bom de bola, bom no um-para-um, bom a tentar o remate de meia distância e a fazer o cruzamento milimétrico para a cabeça de Nuno Gomes que deu o 1--1. Laranjeiro andou num virote para o marcar e, mesmo assim, Rodriguez por duas ou três vezes teve o golo nos pés. Muito bem.

Cardozo

Autêntico poste, no bom sentido, no ataque encarnado. Sofreu muito, faltas imensas, mas a importância do seu posicionamento ficou à vista. É lento? É, sim senhor. Mas libertou Nuno Gomes para os golos. A dupla na área é outra coisa...

Luís Filipe

Foi lateral-esquerdo, quando rendeu Léo (66 m) Num lugar que não conhece, esteve certo e Sougou deixou de ser grito de alarme.

Di María

Rendeu Rui Costa e brilhou apenas a mostrar a sua verdadeira capacidade de drible. Foi importante para fazer esgotar minutos.

Nuno Assis

Sem tempo para nada.

Espanhol voltou a irritar-se a propósito da utilização de um ou dois pontas-de-lança
CAMACHO
«A diferença é que a bola entrou»
Por Gonçalo Guimarães

Otreinador do Benfica colocou finalmente Cardozo e Nuno Gomes lado a lado, no onze titular, mas não concorda que exista uma relação directa entre essa opção e o regresso do Benfica aos golos e às vitórias, mantendo-se assim fiel ao discurso que tem defendido. Camacho chegou mesmo a irritar-se, na flash-interview da TVI, com as perguntas sobre o tema. Instantes depois, na sala de Imprensa, deixou igualmente algumas farpas a propósito das críticas de que a equipa tem sido alvo.

— Uma vitória, finalmente...

— Sim, hoje a bola entrou e ganhámos. Nos outros jogos não entrou e não ganhámos. É isso que faz a diferença no futebol. Se não tivéssemos feito dois golos hoje, o jogo teria sido um desastre e era tudo mau. Mas ganhámos e somámos três pontos, que é o importante.

— Não há uma explicação mais racional para o Benfica ter feito golos desta vez?

— Não, esta é a minha explicação e creio que é racional. A diferença é que hoje, por exemplo, o remate do Nuno [Gomes] entrou e com o Sporting não. Tal como o jogo com o Sporting ficou 0-0, hoje também podia ter ficado 1-1. Mas a bola entrou.

— Gostou do entendimento entre Nuno Gomes e Cardozo?

— Sim, gostei...

— Ter Nuno Gomes ao lado também ajuda...

— É diferente. Sou treinador e a minha missão é tomar opções. Quando há três avançados em condições de jogar, coloco os três, sem problemas, caso contrário coloco só um. É que muita gente fala, diz que devia jogar este ou aquele, mas não sabem como estão os jogadores. Eu sou o treinador, conheço-os e sei como estão. Por isso escolho consoante as necessidades e momento da equipa. Há muita coisa que conta.

— Então, não é por ter um dois pontas-de-lança que o Benfica marca mais?

— Já expliquei isso várias vezes. O mais importante é que a minha equipa crie ocasiões de golo. Se as bolas entram ou não, isso é outra coisa. Mas o trabalho que fazemos é para chegar ao golo.

— Pareceu muito contestatário com o trabalho do árbitro.

— Para falar de árbitros há outras pessoas. Se eu disser que o árbitro está a apitar mal, é porque penso que o faz de propósito e não é essa a minha intenção, pois eles podem enganar-se, como qualquer pessoa.

nuno gomes e rui costa partilham a mesma ideia: era fundamental obter os três pontos
«Vitória já fazia falta»
Por Nuno Reis

AÍ está Nuno, o tal dos golos à Gomes, de volta. E a bisar. Importante contributo do avançado encarnado que marcou para a reviravolta no desafio com os leirienses e voltou a garantir a vitória da equipa da águia cinco jogos depois. Figura central do desafio, Nuno estava «contente» no final do desafio, proclamando «objectivo cumprido» nas entrevistas rápidas na TV. «Queríamos os três pontos e conseguimos esse objectivo. Acho que a equipa estava a precisar de uma vitória porque infelizmente nos últimos jogos as bolas teimavam em não entrar, apesar de, quanto a mim, estarmos a jogar bem. Hoje conseguimos marcar dois golos, podiam ter sido mais», reforçou o goleador encarnado, enaltecendo os seus companheiros: «Acima de tudo acho que nos batemos bem e temos de dar os parabéns aos jogadores, pois têm lutado muito e lutado contra as adversidades.»

Eterna questão: rende mais Nuno Gomes ao lado de outro avançado? O visado é dessa opinião, mas prefere deixar decisões para os treinadores: «É verdade que essa é uma questão de que muito se tem falado, mas eu já disse que faço parte do plantel e o mister é que decide quem é que deve jogar e qual o sistema táctico que deve ser utilizado... já toda a gente sabe a minha opinião e o que eu acho que as minhas capacidades podem render, mas o treinador é soberano... sou apenas mais um para ajudar a equipa.»

A concluir, Nuno Gomes não escondeu que foi agarrado para grande penalidade na área leiriense: «Na TV deve dar claramente para ver que fui puxado dentro da área, ficou uma grande penalidade por assinalar.»

«Não deixámos de acreditar» (Rui Costa)

«Vitória muito suada». Assim a proclamou Rui Costa no final do desafio em declarações ao Rádio Clube Português. «Mas há muito tempo que a merecíamos», apressou-se a dizer. Já na zona mista, o maestro destacou a importância da vitória conquistada em Leiria: «Mais do que a exibição eram necessários os três pontos. Sair daqui com uma vitória. Foi sofrida, mas finalmente saímos de campo com os três pontos. Uma equipa que não ganha há cinco jogos tem como prioridade sair de campo com os três pontos seja de que maneira for. O jogo não nos saiu perfeito, mas lutámos, fomos aguerridos e procurámos de todas as maneiras chegar ao golo.»

Rui Costa recusa-se a baixar os braços. «Perseguição ao FC Porto? Essa é a nossa esperança, e numa altura em que o campeonato vai parar pode ser uma vitória de grande proveito. Não deixámos de acreditar no campeonato, ainda há muitos jogos pela frente.»

Sem pretender entrar no tema arbitragem sempre comentou que espera «que o Benfica tenha aquilo que todas as equipas devem ter: isenção do árbitro.»

E a concluir: «Sinto que sou um jogador importante para o Benfica e tudo faço para que a minha importância não seja apenas pelo que fiz no passado mas sim pelo que faço no presente.»

Luisão diz que equipa demonstrou

a sua força

O defesa-central brasileiro do Benfica, Luisão, gostou da capacidade patenteada pelo Benfica, que regressou aos triunfos. «Sabíamos que isso ia acabar por acontecer. Não estávamos a ser felizes, mas hoje [ontem] fizemos dois golos, demos a volta ao resultado e demonstrámos a força da equipa. As oportunidades estavam a ser criadas, mas a bola não entrava. Entrou duas vezes e agora já há condições para haver calma para trabalhar. Espero que continue assim».

Finalmente, golo sofrido

José Antonio Camacho sofreu o primeiro golo na Liga, mas acabou também com o jejum de golos, que durava há dois jogos: Sporting, para o campeonato, e Shakhtar Donetsk, para a Champions. O Benfica só sofreu um golo na Liga, precisamente na 1.ª jornada e nos descontos do jogo com o Leixões (1-1), no Estádio do Bessa, ainda sob o comando de Fernando Santos. Terá dado sorte o equipamento, calções pretos e camisola encarnada, tal como na época passada quando venceu em Leiria. Desta vez não foi superstição, foram os regulamentos da Liga...

Léo rendido, quase seis meses depois

O lateral-esquerdo brasileiro, Léo, deu ontem o seu lugar a Luís Filipe, uma substituição rara, dado que o jogador costuma estar em todas as partidas dos encarnados e durante os 90 minutos. Prova disso foi o facto de a última substituição do brasileiro ter acontecido ainda na época passada: foi à 25.º jornada, realizada no dia 16 de Abril deste ano, ao intervalo do Benfica-Sp. Braga, que terminou 0-0.

Hoje há folga

O plantel do Benfica, privado dos atletas que vão para as selecções, goza folga hoje e treina-se amanhã (10 h), no Seixal.

Vice-presidente Rui Cunha critica arbitragem
«Campo estava inclinado...»
No final do encontro, o vice-presidente do clube e da SAD encarnados, Rui Cunha, teceu duras críticas ao trabalho da equipa de arbitragem.

«Parece que a teoria da vitimização está a funcionar. Hoje [ontem] o relvado foi-se inclinando à medida que o tempo foi passando. Houve situações muito desagradáveis, como um penalty sobre o Nuno Gomes, foras-de-jogo mal assinalados ao Cardozo, uma invenção de uma falta no último minuto, junto à nossa área... A nossa equipa foi sistematicamente atirada para trás, o que exigiu muito mais esforço para vencer», disse, ironizando: «Dou os meus parabéns ao U. Leiria pelo mecanismo que lhes permite inclinar o campo como precisam.»

E terminou com uma referência ao primeiro golo do Sporting frente ao V. Guimarães. «Vimos que as regras do râguebi agora se aplicam ao futebol...»

menos peso
edcarlos

(Benfica)
Este triunfo tira um peso importante que vínhamos carregando, quando não conseguíamos a vitória. Isso estava a deixar-nos chateados. Esta vitória tira um pouco o peso, mas não a responsabilidade de correr atrás do FC Porto.

No golo, o U. Leiria deixou-nos desprevenidos

estamos felizes
luís filipe

(Benfica)
A vitória é sempre importante, nada tem a ver com pressão, temos sempre de ganhar. Estamos felizes. O treinador entendeu que Maxi Pereira seria a melhor opção para este jogo e a mim resta-me continuar a trabalhar e esperar que tenha mais oportunidades

anda ao chat mancam

DSO a o jogo


P | O Benfica tem capacidade para investir na equipa durante o mercado de Inverno?
R | O Benfica tem capacidade para investir no mercado de Inverno. Provámos este Verão que temos uma capacidade razoável para investir .

P | Essa capacidade não ficou esgotada no Verão?
R | A capacidade de investimento nunca está esgotada. Estará esgotada se na relação com os nossos parceiros houver algum tipo de desconfiança.

Ou seja temos dinheiro se nos emprestarem. Eu tmb.

se CAMACHO PEDIR REFORÇOS, a sad tudo fará para satisfazer os desejos do técnico, diz soares de oliveira
«Temos capacidade para investir no mercado de Inverno»

Por fernando urbano

AINDA faltam mais de dois meses para a reabertura do mercado de Inverno mas a SAD já está a antecipar a possibilidade de ir às compras. Ainda nada está definido, mas pelo menos José António Camacho pode ficar seguro de que o clube tem capacidade para investir no reforço do plantel. A garantia foi dada ontem pelo administrador executivo do grupo empresarial Benfica, Domingos Soares Oliveira, à margem da reunião anual dos quadros do clube.

O plantel deverá sofrer remodelações quando reabrir o mercado de transferências — de 1 a 31 de Janeiro de 2008. Não só deverão registar-se algumas saídas — Camacho já se queixou que 30 elementos é um número elevado — mas também entradas. Pelo que A BOLA apurou, há vários nomes que já estão a ser estudados para reforçar o plantel no futuro, e alguns desses jogadores poderão chegar já neste Inverno.

O técnico espanhol já terá feito um esboço das necessidades da equipa, faltando apenas saber se o apresentou à SAD. De qualquer forma, é seguro que os responsáveis encarnados tudo farão para satisfazer os desejos do treinador. «O Benfica tem capacidade para investir no mercado de Inverno. Não falo de valores, mas provámos este Verão que temos uma capacidade razoável para investir no mercado», assegurou ontem Domingos Soares de Oliveira, administrador da SAD e administrador-executivo do grupo empresarial do clube.

«É uma questão que Camacho terá de discutir com o presidente, mas obviamente que o nosso interesse é dotar esta equipa com o máximo de força para que possa cumprir os seus objectivos, que é ser campeão. Se o treinador entender que determinadas posições precisam de ser preenchidas tudo faremos para encontrar soluções nesse sentido», acrescentou, lembrando que «a capacidade de investimento nunca fica esgotada se os parceiros [n. d. r. — banca] mantiverem a sua confiança» no clube. «E a relação mantém-se sã», anotou.

Domingos Soares de Oliveira falou no final da terceira reunião anual dos quadros do clube, que decorreu ontem no Seixal e que termina hoje, às 13 horas.


DEPOIS DO ROMPIMENTO COM A SIC
Canal TV com produtor independente
Domingos Soares de Oliveira espera receber «até ao final do mês» a resposta de «quatro ou cinco produtoras independentes», algumas «do estrangeiro», para a elaboração do canal televisivo próprio. Um processo que conheceu algum atraso após o rompimento com a SIC. «É um excelente produtor de conteúdos televisivos, mas faz parte de um grupo de media que tem outros interesses», afirmou o administrador, a propósito dos «ataques pessoais» a Luís Filipe Vieira no semanário Expresso, do Grupo Impresa, o mesmo que detém a SIC. «Uma coisa é a crítica, outra os ataques pessoais. Quando assim é, não há condições para fazermos uma parceria para um canal TV», justificou.

O arranque está previsto, no máximo, para o «início da próxima época», e a distribuição será feita «no maior número de plataformas possível». E a transmissão de jogos até pode ficar a cargo da Olivesportos, até 2013... ou não: «A SAD pode antecipar uma renegociação de contrato ou mesmo a resolução do mesmo, pois há cláusulas que definem essa situação.»

ponta-de-lança na lista para janeiro
Prioridade ao avançado
São vários os jogadores que o Benfica já tem referenciados como potenciais reforços na reabertura do mercado, em Janeiro. Ainda não estará totalmente definido quantos reforços vão ser contratados, nem exactamente quais as posições a fortalecer no plantel, mas a vinda de mais um ponta-de-lança será, seguramente, a prioridade da SAD encarnada.

Olhando para os últimos anos, e para o número de jogadores que chegaram ao clube nessa fase, verificamos que desde 2004 foram contratados 14 atletas no início do ano. Em Janeiro de 2004 juntaram-se ao plantel o guarda-redes Zack Thornton, o médio Manuel Fernandes (que até então era júnior do Benfica) e o defesa grego Fyssas. Na temporada seguinte, no mesmo período, chegaram André Luiz, Nuno Assis, Roger e Delibasic. Em Janeiro de 2006 foi a vez de mais cinco reforços assinarem pelo Benfica: Moretto, Marco Ferreira, Manduca, Marcel e Laurent Robert. Finalmente, no passado Janeiro, os benfiquistas contrataram David Luiz e Derlei.

para director-geral
Rui Costa consensual
Tudo se conjuga para o final feliz e falta apenas o resto da época e mais uns golos e grandes exibições de Rui Costa. Mas está praticamente acertada a passagem do maestro para o lugar de director-geral. A notícia não é nova, pois Luís Filipe Vieira, em entrevista a A BOLA, anunciou esse objectivo — e também disse que gostava de o ver na presidência — mas ganha força a partir do momento em que a decisão é subscrita «pelo restante conselho de administração da SAD», frisou Soares de Oliveira.

Quanto a Camacho, é para continuar. Percebe-se a empatia que existe entre dirigentes e treinador. «Camacho é uma pessoa com grande experiência, que não restringe a sua análise apenas ao que se passa lá em baixo no terreno, ele faz uma reflexão muito mais profunda. Todas as suas sugestões serão bem-vindas», afirmou, a propósito da participação do técnico espanhol na terceira reunião dos quadros do clube, prevista para o final desta manhã — Filipe Vieira já ontem esteve no Seixal.

má carreira na uefa
«Não será catastrófico»
Em dois anos consecutivos o Benfica apresentou receitas superiores a 85 milhões de euros, entrando inclusive para a lista dos 20 clubes com maiores proveitos do Mundo. As receitas da participação da equipa nas competições europeias assume uma fatia importante mas não significativa para causar estado de alerta. O actual momento dos encarnados na UEFA não augura bom futuro (o Benfica é último no Grupo D e corre o risco de nem conseguir um lugar na Taça UEFA), mas Soares de Oliveira desdramatiza: «Se ficarmos por aqui nas competições europeias deixaremos de ganhar qualquer coisa como 10 milhões de euros, num total de 100 milhões de resultados consolidados. Não terá, portanto, um impacto catastrófico como acontece noutros clubes que tenham maior dependência neste tipo de proveito.»

Outra forma de gerar receitas é através das bilheteiras. E este é um dos maiores desafios da SAD a médio prazo: «Queremos conseguir encher o Estádio da Luz em todos os jogos sem depender directamente dos resultados desportivos.»

Todos juntos só no dia 19

O plantel regressa hoje aos treinos, no Seixal (10 h), encurtado devido às lesões e às chamadas às respectivas selecções. Apenas dia 19 (sexta-feira da próxima semana), antevéspera da recepção ao V. Setúbal (primeira mão dos quartos-de-final da Taça da Liga) Camacho deverá voltar a contar com os jogadores ausentes.

Com Moreira e David Luiz em recuperação de lesões mais graves, Nélson de fora pelo menos quatro semanas [ver pág. 5] e Mantorras em programa específico de fortalecimento muscular (aparece esporadicamente no relvado mas sem condições de jogar ainda),a esperança na recuperação para a recepção aos pupilos de Carlos Carvalhal é legítima para Miguelito, Petit e Bergessio. Algum dos três (mais próximos da disponibilidade clínica) voltar aos treinos sem limitações já hoje será sempre novidade. A estes sete atletas junta-se meia dúzia chamada às suas selecções: Quim e Nuno Gomes ao serviço de Portugal (visita Azerbaijão e Cazaquistão), Katsouranis a Grécia (defronta a Bósnia-Herzegovina e a Turquia), Cardozo no Paraguai (joga no Peru e recebe o Uruguai) e a dupla celeste Maxi Pereira/Cristian Rodriguez já não vão marcar presença no treino desta manhã. Restam 17 jogadores, de um plantel de 30, para Camacho aproveitar estas duas semanas até ao regresso das competições domésticas — a Liga só regressa, dentro de quase três semanas, a 28 —, dos quais dois guarda-redes (Butt e Bruno Costa) e 15 jogadores de campo. Não estranhará, por isso, mais um jogo-treino com os juniores ou a chamada de elementos da equipa orientada por João Alves, para compor o treino e os esquemas a ensaiar. A.B.

léo respeita decisão de camacho mas ficou com pulga atrás da orelha
«Não me lembro de ser substituído»
Por nuno reis

e nélson feiteirona

aOS 66 minutos do confronto com o U. Leiria, no domingo, Camacho deu ordem para a substituição de Léo por Luís Filipe. O brasileiro saiu do relvado com a cabeça baixa, deixou de ser totalista no campeonato e, um pouco mais tarde, não conseguiu evitar alguma amargura em curtas mas contundentes declarações.

A exibição do brasileiro não estava a ser bem conseguida mas mesmo assim foi com surpresa que José Antonio Camacho decidiu tirar de campo Léo para colocar no seu lugar Luís Filipe, que até joga no flanco oposto — Miguelito, o outro lateral-esquerdo do plantel encarnado, está lesionado e não estava sequer no banco de suplentes.

O primeiro a ficar surpreendido com a decisão do treinador terá sido Léo, que mais tarde confirmou ter saído por opção técnica e não devido a qualquer problema físico ou clínico.

«Não, não tive qualquer problema, foi opção dele. Apenas acato. Engraçado, eu saí e o Sougou também saiu [n.d.r. — o leiriense que Léo marcava directamente]. Mas não há qualquer problema, é opção dele, ele é que define, manda e eu obedeço. Não me lembro de ser substituído mas o futebol é assim, nem sempre jogamos 90 minutos.»

«Graças a Deus deu certo»

Visivelmente incomodado com a situação, Léo não comentou exaustivamente o seu caso, preferindo realçar a vitória sob o União de Leiria. «Foi uma vitória importantíssima. Acabámos com o problema da falta de golos e de vitórias. Veio com sofrimento mas veio! Agora temos uma semana para trabalhar com tranquilidade, sabendo que há grandes dificuldades pelo caminho... Mas pelo que fizemos hoje vamos conseguir.»

Em relação às opções do treinador espanhol apenas mais algumas palavras para colocar ponto final no tema. «Só temos de acatar o que Camacho pede e procurar fazê-lo em campo. Graças a Deus deu certo e vamos ver o que acontece nos outros jogos, se vamos ter continuidade ou se o mister vai optar por outra forma.»

em 60 jogos de campeonato
Só saiu dez vezes
Léo era, até domingo, totalista da equipa benfiquista no campeonato. E era preciso recuar até 16 de Abril e à 25.ª jornada da época passada, num encontro com o Sporting de Braga que terminou com um empate a zero, para encontrar um jogo em que o lateral-esquerdo brasileiro tinha sido substituído por opção técnica. A regularidade de Léo tem sido impressionante desde que chegou ao clube lisboeta, na temporada de 2005/06; razão pela qual foi tão surpreendente, ou pelo menos pouco habitual, a decisão de José Antonio Camacho no encontro com o União de Leiria.

Léo já fez 60 jogos de campeonato pelo Benfica, marcou um golo e saíu apenas 10 vezes. Dessas o brasileiro foi expulso em duas.


Cristian Rodriguez sente-se cada vez melhor no clube da luz
«Gostaria de ficar aqui»

O avançado uruguaio que rescindiu contrato com os franceses do Paris Saint-Germain e assinou pelo Benfica uma época, com opção de compra, conquistou os adeptos encarnados e também ele parece muito satisfeito com esta experiência portuguesa. De tal forma que a continuidade no clube lisboeta é um cenário que encara com muita satisfação.

«Gostaria de ficar no Benfica, pois é um bom clube», confessou Rodriguez anteontem, após o encontro com o União de Leiria, no final do qual, como tem sido hábito, foi considerado um dos melhores elementos em campo. «Temos de ver se posso ficar, isso é com o meu empresário. Mas estou a gostar do Benfica, é uma boa equipa e este jogo ganhámos. Era isso o principal, não era?», referiu o jogador, sublinhando ainda a forma como está a encarar a etapa na carreira: «Gostaria de ficar aqui, pois tenho companheiros muito bons e há muito para aprender e campeonato para jogar.»

Apesar de elogiado pela crítica e pelos adeptos benfiquistas Cristian Rodriguez prefere não acompanhar o entusiasmo generalizado. «Não sei se estou ou não na minha melhor forma. Na segunda parte deste jogo senti-me mais cansado. Agora vou para a selecção para ter andamento e trazer mais ânimo para jogar no Benfica.»

A selecção uruguaia recebe a Bolívia (dia 13 deste mês) e desloca-se ao Paraguai (17)

microrrotura afasta-o de mais jogos e três competições
Nélson pára quatro semanas
Nélson só poderá voltar à competição em Novembro. O lateral-direito contraiu uma microrrotura na coxa direita, no jogo frente ao Shakhtar (derrota por 0-1), na semana passada — numa disputa de bola perdida com o avançado brasileiro Brandão e que redundou no golo da equipa ucraniana — e ficará afastado dos relvados durante quatro semanas.

A informação foi avançada no site pessoal do jogador, numa nota sob o título «azar para o n.º 22 encarnado», numa alusão à reincidência: o próprio admitiu, no final da partida com o Shakhtar, ser uma lesão «idêntica» a uma mazela contraída no início de Setembro e que foi diagnosticada oficialmente, pelo departamento médico, pela primeira vez no dia 4 como uma «lesão muscular na face posterior da coxa direita».

Na sexta-feira, dia de boletim clínico no site oficial do clube, apenas foi veiculado que o lateral-direito padecia de um «estiramento muscular na face posterior da coxa direita; fará exames complementares».

Nélson perde deste modo mais quatro jogos e três competições: depois de U. Leiria (Liga), o defesa vê-se afastado dos dois encontros com o V. Setúbal, para a Taça da Liga, da recepção ao Celtic, para a Liga dos Campeões, e a recepção ao Marítimo, para a Liga.

O regresso está previsto para a deslocação a Paços Ferreira, dia 4 de Novembro, a contar para a jornada 9.

opção ao centro
Aposta ganha em Binya
O camaronês Binya jogou a titular frente ao União de Leiria, domingo, no lugar de Petit, e mostrou que tem qualidade para ser uma alternativa para o meio-campo defensivo. Rápido, determinado e tecnicamente bom, Binya é uma aposta ganha de Camacho e vamos seguramente ver este jogador mais vezes nas equipas titulares do técnico espanhol.

uma certeza
Ferrolho Maxi na direita
Este uruguaio trouxe consistência ao meio-campo mas agora, jogando como lateral-direito, tornou-se ainda mais influente na estratégia benfiquista. É forte e inteligente a fechar o corredor, não virando a cara quando tem a oportunidade de subir e apoiar o ataque. Sem Nélson, Maxi Pereira terá ganho o lugar que poderia ser de Luís Filipe.

com uma referência a seu lado na área, nuno voltou a ser «golos» e não apenas gomes
Descubra as diferenças
Por antónio barroso

sE é certo que o U. Leiria — especialmente na cidade de Lis — é uma vítima predilecta do instinto goleador de Nuno Gomes, o encontro de anteontem, em que o capitão de equipa voltou a bisar, vem adensar a discussão: são agora muitos os que assinam por baixo a tese de que Nuno rende mais com uma referência a seu lado, na área. Capitalizou com Miccoli na pretérita temporada, voltou a fazê-lo com Cardozo ao seu lado. Para Camacho meditar, na certeza de que, se o técnico voltar a colocá-lo como solista da frente atacante, muitos vão franzir a testa.

Depois de dois meses (de Março a Maio) em que, sem um queixume, aguentou firme as dores até não poder e jogou lesionado pela águia — foi operado por Ulrike Muschaweck a uma hérnia inguinal —, disso se ressentindo o seu rendimento (nem um golo), Nuno Gomes surpreendeu todo o universo benfiquista, ao apresentar-se ainda em recuperação para a nova época, quando o período estimado e normal em casos análogos era de dez dias.

Desde a disponibilidade clínica até ganhar ritmo, o capitão passou pelo banco e viu-se amiúde entregue, qual presa desamparada, às defensivas contrárias sem obter resultados práticos. Disso se ressentiu a produção atacante do Benfica, atendendo à condição física de Mantorras e ao cansaço de Cardozo (sem férias).

Antes acompanhado do que só na frente

Com mais minutos nas pernas e o entrosamento a aumentar, de Nuno se disse muitas vezes que lhe faltava o clic (um golo) para reencontrar a confiança perdida. Cedo o obteve (diante da Naval), voltou a saltar do banco para marcar em San Siro.

O dono da camisola 21 da águia guardou a explosão definitiva e a reconciliação com a massa associativa para Leiria, onde, já em 2006/07, marcara, numa goleada (4-0) em que, com Miccoli a seu lado, o italiano bisou, Nuno molhou a sopa e Simão completou o marcador. Rende mais assim, poucos duvidam agora. É para manter? O próximo adversário doe benfiquistas na Liga chama-se Marítimo...

Ele bem diz...
Em entrevista a um jornal italiano, Rui Costa admitiu que lhe agradaria ficar no Benfica, após terminar a carreira, com outras funções, mas não como treinador. Diz que essa responsabilidade é demasiado stressante... E anteontem, frente ao U. de Leiria, mostrou realmente que se enerva muito no banco